• Poupança de recursos financeiros, evitando-se despesas significativas com licenças de software; • Formação diversificada exercitando os alunos a usar Software Livre, que deste modo experimentam vários programas e desenvolvem as suas capacidades, não se limitando assim ao uso de um só sistema; • Ganho com a educação, os alunos podem aprender muito com software livre pois têm que ler e escrever muitos programas. Com software proprietário isso é impossível porque o código é fechado. As escolas podem ganhar «administradores de sistemas» - se os alunos cuidarem dos seus próprios computadores. • Espírito colaborativo e trabalho colectivo, os estudantes precisam de aprender não somente conhecimentos e competências, mas também o espírito da colaboração e entreajuda. A escola pode e deve ser um local de partilha, incluindo partilha de software: também poderiam desenvolver material didáctico livre para todas as disciplinas.A Wikipedia - http://www.wikipedia.org– é a maior enciclopédia da história humana. Surgiu desta ideia de partilha e é gratuita, tendo começado há menos de cinco anos. Hoje, é maior que qualquer outra. Baseia-se numa licença CopyLeft* (à semelhança da General Public License e em oposição ao “Copyright”) a Creative Commons**, que é já utilizada por muitos professores, artistas, músicos, escritores, investigadores que partilham os seus trabalhos e permitem que esses trabalhos evoluam para além das suas humanas possibilidades. Facto apenas possível com a existência do software livre que gere essas partilhas, como no exemplo Moodle (ver lista de software no CD), e através de uma rede mundial, que é a Internet. *Copyleft é uma forma de protecção de direitos de autor que tem como objectivo prevenir que não sejam colocadas barreiras à utilização, difusão e modificação de uma obra criativa devido à aplicação clássica das normas de Propriedade Intelectual. "Copyleft" é um trocadilho com o termo "copyright". Traduzindo literalmente, "copyleft" significa "deixámos copiar". **Creative Commons (CC) é uma Organização sem fins lucrativos dedicada a expandir a quantidade de trabalho criativo, para que outros possam legalmente partilhar e criar trabalhos com base noutros.
Educação e Software Livre
Em Portugal, a política de utilização de Software Livre na Educação tem vindo a sofrer uma lenta integração nos sistemas de ensino e goza de pouco ou nenhum incentivo por parte das entidades responsáveis pelos programas os manuais escolares.
A aprovação, em 2004, na Assembleia da República de medidas que apontam para a utilização de Software Livre na Administração Pública e recusa das patentes de software no Parlamento Europeu foram passos importantes para a defesa e a promoção do Software Livre no nosso país.
No entanto, há ainda fraca informação relativamente a este assunto e até mesmo alguma contra-informação. É o que sucede, por exemplo, quando os manuais escolares de TIC referenciam apenas um único processador de texto e uma única folha de cálculo, em ambos os casos software proprietário, dando a imagem que não existem alternativas. Tal não é verdade. Existem vários processadores de texto, várias aplicações de folha de cálculo e muitas outras aplicações de software livre que gozam das liberdades presentes na General Public License: a liberdade de executar o programa, para qualquer propósito, de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo ás suas necessidades, de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar outros, de aperfeiçoar o programa, e partilhar as melhorias, de modo que toda a comunidade possa beneficiar.
Estamos cientes de que a preservação do direito à escolha é fundamental para a valorização e troca do conhecimento. Numa sociedade capitalista podemos escolher, dizem-nos. Mas... teremos por onde escolher?
Se não apresentarmos uma visão abrangente aos estudantes sobre as possibilidades de utilização de um computador, nomeadamente no campo da interacção, estimulando a sua criatividade, eles procurarão essa interactividade da única forma que o software proprietário a permite: através de jogos.
Por outro lado, é fundamental demonstrar que a sua intervenção, perante a máquina, pode ultrapassar os meros “clicks” e chegar ao nível da lógica computacional. Como é o caso de algumas aplicações educativas, que utilizam uma simples linguagem “Logo” para iniciar os mais novos na programação. Aí teremos certamente mentes mais disponíveis para o saber.
As escolas estão dependentes de Software Proprietário, nomeadamente de empresas como a Microsoft, Adobe, Macromedia. É uma espiral de licenciamentos que em vez de criar mais valia educacional, retira dinheiro dos seus orçamentos que poderiam ter destinos mais importantes, como por exemplo a renovação de computadores e rede.
Software Livre na Escola
Destacam-se quatro razões para a utilização de Software Livre na Escolas: